Gosto da ideia de o fazer mas considero não ter palavras suficientes.
Nunca me senti tão vulnerável como agora. Fraca, confusa, desiludida.
Penso que o faço, imagino-o depois de feito mas no fim, não o fiz.
Servir-me-ía de consolo. Ou não.
Não sei o que me impede. Sei o que o provocou. Foi o facto da autonomia ser maior que o apoio, a crítica maior que a consolação, as opções maiores que a escolha.
Sei o que quero, não sei o que ele quer. Sei o que sinto, não sei como ele se vai sentir. Não sei como vai ser mas sei que ele sabe.
Porque no meio da podridão ainda há vontade. Disto e daquilo. Nem que seja no sonho, já que a realidade ainda demora.
Todo o meu Eu é um grito de socorro. Uma imperfeição mais-que-perfeita que engloba as virtudes que são abafadas pelos erros sistemáticos e contornados a néon.
Não sei se luto. Sei que não tenho forças. A carne já está fraca.
Mas sei que ainda a tenho. E ela não, ela é forte. Dizem que só se liberta depois de morta. Se sou assim com ela, imagino se fugisse...
Valerá o esforço?
Justificarão, os meios, os fins, ou os fins os meios?
Sei que no cerrar na escuridão, o dilema passa.
Podería optar pelo fácil mas uma vida contrita não justifica uns segundos de prazer.
Se eu tivesse uma pedra que ninguém movesse, onde pudesse escrever o que sinto e esculturar o que quero, sería mais fácil. Mas o fácil só existe quando dito.
Pandora*